sábado, 3 de dezembro de 2016

GRANDILOQUÊNCIA EM DOR MENOR


Basta sim,
ser do que não sou.
Viver onde não vivo:
Fora de mim.
Como se esse que rasteja
outro fosse.

Basta sim,
De lutar para ter
o que não gosto de ser.
Ser, o que não gosto de ter.

Escondo-me no tempo,
que é grande o tempo esse.
Refúgio, velho refúgio:
“O que o que tem de ser, será”.
Como se fosse Ser,
o que ser tem de.

É pequeno agir, este.
Nada!
Pequeno de mais
para o grande que nos cremos.
Por demais grande talvez,
para o de menos que somos.

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